quinta-feira, 24 de junho de 2010

Desdobramento? eu tentei...

 Este relato foi tirado de um site de Paranormalidades:

Desde pequeno eu vejo e sinto algumas coisas. E isso sempre me fez gravitar em torno de tudo o que se refere ao desconhecido, ao sobrenatural, ao inefável. Mas ao mesmo tempo, sempre fui muito crítico com certas coisas, e sempre quis ver eu mesmo, sentir eu mesmo, e não apenas acreditar cegamente. Aprendi que as pessoas abusam da boa fé de outras, e tiram vantagem disso.

Então, desde cedo mesmo, eu sempre procurava ler livros que pudessem me dizer algo. Isso me levou a muitas religiões e filosofias, e sempre respeitei o que de melhor elas tinham, e desdenhei o de pior. Mas o fato é que uma vez li sobre desdobramento astral, e decidi que eu tinha que fazer aquilo, do contrário eu não poderia acreditar como desejava.

Por longos meses, não sei precisar quantos, eu deitava na minha cama, por volta das 20h - sim, bem cedo, pois eu não ia pra dormir - e me punha a meditar. Era penoso, pois eu tentava, em vão, extirpar os pensamentos de minha cabeça - mas eu sempre pensava em algo... Tentei a técnica da respiração (mas respirar forçadamente não me ajudava em nada na concentração). Então decidi fazer do meu jeito. Eu deitava, da forma mais confortável que eu podia, sem travesseiros, e mergulhava dentro de mim mesmo. Assim eu ficava por horas! Por vezes até de madrugada! E eram todos os dias (eu não namorava, tinha 15 anos). Em todas as vezes eu caia no sono sem perceber, e só acordava na manhã seguinte. Uma noite sem sonhos, sem nada. E assim foi, por muitos meses. Mas um dia...:

Eu estava deitado já fazia 1 hora ou mais. De repente, a minha cabeça ficou muito vazia. Um vazio estranho, que te suga pra dentro das suas têmporas. Não sentia nada! Nem em mim, nem ao meu redor. Um barulho estridente e incomparável vibrou nos meus ouvidos, nos tímpanos mesmo, e uma pressão enorme apertou a minha cabeça enquanto soava o barulho. Caí numa imensa escuridão, e fui caindo... e caindo... e rostos de pessoas que nunca vi vagavam na minha frente. Eram rostos estáticos, que desfilavam como desenhos - imagine que a escuridão era um quadro negro, e os rostos eram perfeitos desenhos feitos de giz branco.

Pois é - nesse meio tempo eu já me perguntava: Onde está o jardim verde e magnífico que eu esperava encontrar? E a sensação de flutuar? Eu quero voar pra fora da minha casa...  Mas nada disso! Eu entrava mais e mais dentro de mim, até que comecei a ouvir uma música cantada (eram muitas vozes descompassadas, pareciam índios, e faziam assim: Ham, Ham ... tum tum..Ham, ham...tum tum...).

Eu então, assustado, fiz força pra voltar. Mas eu não conseguia. E continuei fazendo força. Fiz tanta força que a minha cabeça doeu. Foi então que eu voltei. Mas foi muito estranho, porque, se eu relaxasse, um simples relaxar que fosse, eu começava a sumir e a música voltava.

Eu me levantei, fui ao banheiro (coração a mil), bebi água. Voltei, liguei a televisão, deitei na cama - na mesma hora eu sumi e a música voltou. Eu me levantei rápido, andei pela casa, abri a janela... se eu me SENTASSE na cama, eu sumia.

Depois de passar mais de dez minutos de pé, assistindo com os olhos arregalados e com medo de relaxar, eu fui ficando cansado. Finalmente sentei, mas ainda eu sentia aquela sensação... mas era mais fraca. Aos poucos a situação foi se normalizando. Só sei que naquele dia eu dormi sentado na minha cama, com a luz acesa e a TV ligada. Foi a primeira vez que me acontecia aquilo, e sinceramente, foi muito legal!

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