terça-feira, 4 de maio de 2010

a foto era o enigma

Entre 1991 e 1994 fui acadêmico de História na UFSC, na grande Florianópolis. Em 1992, cursando uma cadeira de arqueologia inicial, fomos com a arqueóloga professora visitar os sambaquis de Joinville, cidade no Vale Itajai no norte de Santa Catarina.

Nesta visita passamos pelo museu histórico daquela cidade, e tiramos algumas fotos. Numa delas eu posei sozinho ao lado de uma carruagem funerária do século XIX. Eu estava com uma jaqueta preta de couro.

Pois bem, de volta a universidade, alguns dias depois meu colega me deu a foto que ele havia tirado (havia tirado umas 30 fotos, mas a individual era somente aquela ao lado da carruagem), sem cerimônia a guardei em casa junto a outras tantas.

Não lembro bem quando começou, mas comecei a ter um mesmo pesadelo repetidas vezes, até durante pequenos sonos às vezes à tarde.

Descrevendo o sonho: eu enquanto deitado era estrangulado por alguém e sempre acordava bufando. Até que num desses dias consegui ver a pessoa ou assombração que me estrangulava. Era um homem todo de preto com vestes de antigos cocheiros. Perguntei o seu nome, e ele me respondeu que era "Hilário", e me disse que ninguém tomaria o lugar dele.

Acordei assustado e numa dessas poderia entrar até em óbito, pensei. Contudo fiquei vários minutos pensando o por que tinha esse tipo de pesadelo, como se alguém quisesse me ver morto. Foi quando me lembrei da foto. Não perdi tempo. Peguei a foto, rasguei em pedaços e queimei. Foi conclusivo, nunca mais tive o mesmo pesadelo.

Hoje, quando vejo comentários sobre fotos que roubam as almas etc, me lembro desse episódio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário