segunda-feira, 31 de maio de 2010

O que se encontra na internet

Sento no sofá, ligo a TV e gargalho.

Me divertem os humanos, em seu mundo cor de rosa, esse romantismo, a capacidade tola de transformar monstros em príncipes encantados...

Na internet, mais alto eu rio, pois nada pode ser mais delicioso do que isso.

Como insetos, à luz da rua, eles se aproximam de mim.

Acham o perigo atraente, ou pensam que é fashion.

Não temem, esperam que seja só uma fantasia, mais uma em suas vidas estúpidas.

E graças a violência deste mundo, não me escondo mais nas sombras.

Longe estão os dias em que me acompanhavam apenas os lobos.

Hoje, minha comida me chama de amigo. E tenho muitos, muitos amigos.

Confesso que, inúmeras vezes, cansado de tanta banalidade e vazio, tenho vontade de lhes abrir a garganta, e banhar-me em seu sangue, mas me contenho...

Não fazem idéia do que eu realmente sou.

De como o sofrimento alimenta e fortalece meu espírito.

A delícia é convidá-los, ouvir a aceitação ao meu convite, a produção feita para me impressionar, a decepção no olhar, o desespero, os gritos, e a tortura lenta, gota a gota, que alimenta minha alma.

Fazem me lembrar do terror que a minha sombra gerava. E também o como era difícil caçá-los, antigamente.

O anonimato é minha liberdade. E a modernidade, meu manto.

As carcaças que abandono, são de ínfima quantidade, perto das que eles mesmos produzem.

A essência que sustenta as suas vidas, prolonga minha existência e aumenta meu poder.

Continuem assim, matando uns aos outros.

Desta maneira, sobreviverei eternamente.

Museu na Suiça expõe antigas cabeças encolhidas na Amazonia

Guardar cabeças mumificadas de inimigos já foi tradição de alguns índios. As seis peças têm cerca de 200 anos; uma delas seria de homem branco.

O Museu de Antropologia de St. Gallen, na Suíça, comprou para sua coleção seis cabeças encolhidas levadas da Amazônia por um taxidermista (especialista em empalhamento de animais) que viveu na região por alguns anos.

As peças, informa a imprensa local, têm entre 200 e 250 anos. Alguns indígenas amazônicos tinham a tradição de encolher as cabeças de inimigos mortos para levá-las como troféu e amuleto.


À esquerda, único exemplar feminino adquirido pelo museu. Ao fundo, a cabeça com cabelo loiro, que seria de um homem branco.


Segundo explica o diretor do museu, Daniel Studer, ao diário “Tagesanzeiger”, apesar de ter sido totalmente proibida somente há 50 anos, essa tradição praticamente já não existia mais ao longo do século 20.

A instituição comprou as peças do taxidermista pelo equivalente a R$ 80 mil. Elas fazem parte de uma exposição com outros objetos da cultura amazônica.




















Ainda de acordo com informações do museu, o processo que permitia aos índios encolher cabeças não está completamente desvendado.

É certo que ele começava pela retirada do crânio, mas não está claro que tipo de plantas ou conservantes eram utilizados para manter a pele por tantos anos sem deterioração.















No caso das cabeças expostas em St. Gallen, chama atenção o fato de que uma delas aparentemente é de um homem branco, pois tem cabelos e barba loira. Não se sabe, no entanto, se se trata de um missionário, explorador ou outro tipo de viajante.

A lenda da carroça sem cavalo

Nas noites de inverno, quando o frio nevoeiro que vinha do mar descia sobre a cidade, as pessoas que moravam em uma certa rua de São Francisco do Sul, eram acordadas nas altas horas da madrugada, com o barulho de uma inconveniente carroça.

Essa carroça se locomovia de forma tão lenta, que os moradores, já irritados, levantavam-se de suas camas para verificar o que estava acontecendo.

Quando abriam as janelas de suas casas para espiar quem era o responsável por tamanho incômodo, tinham um tremendo susto. A carroça não tinha cavalo!

Dentro da carroça, panelas velhas, baldes amassados, chaleiras e bules, alguns pendurados no lado de fora da carroça, eram os responsáveis pelo tremendo barulho.

As pessoas escondiam-se em suas casas, assombradas com tamanha manifestação do outro mundo, esperando que a carroça e o barulho desaparecesse lá longe

sexta-feira, 28 de maio de 2010

A história de Katrin malen ( completa)

Indonésia 1948

Após uma intensa reforma, o hospital infantil de Santem, iria ser reaberto. Passou por um forte incêndio no ano anterior, cujas causas até hoje são desconhecidas.
Kur Hants um conceituado fotógrafo alemão, entrou sozinho no prédio para registrar as mudanças do local e fazer uma matéria sobre a renovação do prédio após a tragédia.

Caminhou por vários andares, mas ao chegar ao último sentiu algo estranho, estava frio e sentia como se algo o observasse, mesmo com maus pressentimentos continuou seu trabalho.

Ao focar sua câmera para uma das portas que davam acesso à ala psiquiátrica, notou uma mancha na lente da câmera, ao limpá-la percebeu que não havia nada ali.

Ele movimentava seu equipamento, e a sombra parecia imóvel. Kur nunca havia passado por isso, pensou se tratar de alguma brincadeira, continuou a fotografar. Quando estranhos barulhos, que se assemelhavam de uma menina se debatendo contra a porta, começaram a ficar intensos, Kur correu pensando ser alguém em apuros.

Kur abriu a porta, algo violentamente atravessou seu peito, perfurando seu coração. A câmera caiu e por muita sorte não se danificou.

Cidade de Santem 1946

Enila, Ceron e Katrin, formavam uma família feliz, moravam em um humilde sítio, que com o avanço da cidade estava ficando cada vez menor e a situação financeira deles ficava cada vez pior.

Katrin gostava muito de seus pais, era uma menina encantadora de apenas 11 anos. Brincava sempre sozinha com os poucos animais da fazenda.

Enila era uma mulher muito justa e batalhadora, sempre conseguiu manter o equilíbrio na casa, mesmo passando por tantas dificuldades.

Depois de alguns meses a situação começou a se complicar, era época de seca, as plantações estavam morrendo e a única solução encontrada por Ceron foi vender um de seus cavalos.

Era uma tarde nublada Ceron amarrou o animal numa carroça, consigo levou algumas armas e pólvora para tentar vender no mercado da cidade.

Katrin pede para que ele traga uma boneca que ela tanta desejava, pois seu aniversário estava muito próximo. Muito triste e com pena de sua filha ele diz que irá tentar realizar o sonho da menina.
Várias horas se passaram, começou a trovejar, Ceron retornava para sua casa. Conseguiu vender apenas o cavalo, não achou comprador para o restante do material que levava.

Katrin avista seu pai, vindo pela estrada, muito contente e aguardando ansiosa por seu presente, corre e avisa sua mãe.

As duas aguardam na porta da residência, quando um forte raio cai pelas redondezas, o som do trovão foi tão forte que fez com que o cavalo se assustasse. Ceron perdeu controle das rédias, em pânico o animal tenta fugir, mas continuava preso à carroça.

Katrin e sua mãe tentaram correr para ajudar, mas a carroça vira, uma pequena faísca é produzida, acidentalmente a pólvora se espalha, causando assim uma enorme explosão.

Ceron gritava muito, seus pedidos de ajuda podiam ser ouvidos à distância. Mãe e filha nada puderam fazer a não ser assistir a morte dele.

Alguns objetos que estavam na carroça foram arremessados com a explosão, dentre eles estava a boneca que Katrin tanto desejava. Intacta, a menina encontra e abraçada ao seu novo brinquedo fica paralisada e parecia não acreditar que havia perdido seu tão amado pai.

As chamas arderam por mais de uma hora e se alastraram pelo capim seco, muitas pessoas tentaram ajudar. Nada se salvou a não ser a casa onde elas moravam.

Depois de algum tempo, Enila recebeu uma proposta de venda daquele local onde queriam construir um grande hospital. Sem pensar muito aceitou.

Compraram uma casa no centro de Santem e com o restante do dinheiro poderiam viver sossegadas, já que aquele local era muito valioso.

Após a morte de seu pai Katrin passou a ser uma menina triste e ainda mais solitária, pois pouco falava e nunca mais se separou do ultimo presente que recebeu dele.

Apenas um cachorro foi levado para a casa nova. A mudança foi difícil para as duas, Katrin sofreu aos prantos entrou em sua nova moradia.

Desde então seus trajes passaram a ser pretos, se fechou para o mundo. Renegou toda a ajuda que lhe foi oferecida.

Enila preocupava-se e seu único consolo era pensar que tudo aquilo não passava de uma difícil fase.

Um ano depois...
Katrin, nunca saia de casa, isto fez com que sua pele ficasse extremamente clara e pálida.

Todas as noites, Enila escutava Katrin conversar com alguém e ao espiar constatava que ela tinha a boneca como melhor amiga.

Numa noite, algo de estranho aconteceu, Katrin chorava muito e chamava por seu pai. Pensando em se tratar apenas de mais um sonho, Enila corre para ver o que estava acontecendo. Assustou-se ao encontrar a boneca suja de sangue, Katrin continuava a gritar, sua mãe a acalma e depois a questiona sobre a boneca, sem obter nenhuma resposta recolhe o brinquedo de sua filha e vai para fora tentar limpar.

Quando abriu a porta dos fundos, encontrou o cachorro morto, seu peito perfurado e com um vazio no local do coração.

Enila ficou apavorada com a cena, num primeiro momento pensou ter sido obra de algum assaltante ou pessoa mal intencionada.

Katrin acalma-se e vai dormir.

Devido ao susto, Enila nem se importa com a boneca suja, limpa e devolve para sua filha.

A notícia se espalhou e todos pensavam ser algum maníaco rondando a vizinhança.

Desde este dia a vida das duas tornou-se atormentadora, noite após noite, acontecimentos estranhos começaram a ocorrer na humilde casa.

Armários abriam misteriosamente, objetos desapareciam e sons estranhos deixavam o ambiente aterrorizante.

Enila não sabia mais o que fazer, sua única saída foi pedir para que sua irmã e sobrinha viessem ficar por um tempo na casa delas, pois com mais pessoas elas ficariam seguras.

Por dois meses a situação ficou calma.

O ano já era início do ano de 1947, o novo hospital da cidade iria inaugurar, muita expectativa rondava aquele povo, pois grande tecnologia foi utilizada naquele local.

Katrin continuava sendo a mesma menina calada e séria de sempre, nunca havia falado mais do que duas palavras com sua prima Malina, que tinha a mesma idade.


Malina sempre quis brincar com a boneca de Katrin, mas sempre foi rejeitada por ela.

Num domingo, todas vão dormir logo cedo. No meio da noite Enila sente um cheiro de fumaça, se levanta e depara-se com sua cozinha em chamas. Todos os vizinhos acordam e correm para ajudá-la.

Próximo a porta de saída encontram a boneca de Katrin, levemente queimada, mas sem grandes estragos. Enila estranha e decide jogar o brinquedo fora.

Após passar o susto, todos voltam a dormir.

No dia seguinte, Enila encontra Katrin dormindo com a boneca que ela tinha jogado fora.

Enila cala-se e começa a desconfiar de sua filha, pois ela era perturbada e misteriosa.

Em um dia que Katrin estava em outro cômodo da casa, Malina pega a boneca de sua prima e começa a brincar. Katrin retorna e encontra sua prima com a boneca. Revoltada, pela primeira diz uma única frase. "- Você irá se arrepender por isso!"

Malina solta o brinquedo e vai de encontro à sua mãe.

Naquela noite daquele mesmo dia, novos acontecimentos estranhos tiveram início desta vez quem gritava muito era Malina que dormia no mesmo quarto que Katrin.

Enila e sua irmã correm para ver o que estava acontecendo. O choque foi grande ao ver Malina morta e também com um buraco em seu peito. O olhar de Katrin era intenso, ficou parada em pé com a boneca em sua mão direita olhando para o corpo da menina. Suas mãos estavam sujas de sangue assim como a boneca.

Enila não conseguia acreditar que sua filha havia matado sua própria prima. Espanca a menina, que não teve nenhuma reação.

Katrin permaneceu dois meses acorrentada na cama, até que o novo hospital fosse aberto ao público.

A mãe de Malina foi embora e nunca mais deu qualquer notícia.

Enila chorava muito, mas internar Katrin era a única solução. A boneca foi mais uma vez retirada das mãos da menina.

Já internada no hospital, Katrin recusava-se a usar as roupas dos internos e continuava com seus trajes pretos.

Mais um mês se passou. Katrin estava piorando a cada dia, queria de qualquer forma sua boneca de volta. Os médicos acharam melhor que ela tivesse seu desejo realizado.

Enila assim o fez, no dia da visita quis entregar pessoalmente e ficar a sós com ela.

Depois de uma hora, os médicos acharam estranho o silêncio e a demora, abriram a porta da sala: Katrin havia matado sua própria mãe e com as próprias unhas arrancou seu coração e comia como se fosse um saboroso doce.

Os médicos ficaram abismados com o que viram. Katrin foi novamente amarrada e sedada.

A notícia se espalhou, todos na cidade temiam a menina e principalmente sua boneca, pois muitos acreditavam ser um objeto amaldiçoado.

Mais dois meses se passou, a aparência de Katrin era horrível, com muitas olheiras, cabelos negros e compridos.

Os médicos e enfermeiras a temiam, eram poucos os que chegavam perto dela.

Toda a equipe achou por bem retirar novamente a boneca de suas mãos. Neste dia a situação se complicou. Katrin dava gritos, e negava-se a entregar seu brinquedo.

Mesmo lutando, a boneca foi levada para o incinerador. No exato momento em que foi jogada no fogo o prédio do hospital também começa a arder em chamas.

Em segundos o fogo se alastrou, a ala das crianças foi atingida, ninguém conseguiu fazer nada. Centenas de pessoas morreram naquele dia.

Katrin também foi carbonizada, poucos se salvaram.

Mesmo com a grande tragédia, muitos se alegraram ao saber que Katrin havia morrido, pois assim davam por encerrada as ações macabras daquela menina.

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Um amigo de Kur, estranha a demora de seu amigo, ao procurar por todos os andares do hospital, encontra sua câmera caída e logo em seguida seu corpo, com uma grande perfuração no peito.
As fotos de Kur são reveladas, mas o temor foi enorme ao constatarem a presença de uma menina vestida de preto na foto. Muitos estudiosos se interessaram pelo assunto e acabaram loucos e internados em clínicas e hospitais onde juram ver a mesma menina da foto.

Os moradores de Santem, afirmam que o espírito de Katrin ainda vive. A ala onde ela foi internada acabou sendo desativada.

A lenda de Katrin espalhou-se pelo mundo, sua foto foi julgada como montagem e a verdadeira história desapareceu com o passar dos anos.

O único mistério não revelado e nunca descoberto, foi o poder que sua boneca exercia, mas ela nunca passou de um simples brinquedo. Katrin era má e a morte de seu pai fez com que nela brotasse poderes psíquicos que eram capazes de alterar o curso natural da vida.

Seu espírito permanece imortalizado em sua única foto, Katrin ainda vive na mente das pessoas que a observam por muito tempo.



Continuação 2 Katrin Malen

Santem, Indonésia 1949

Investigações sobre a morte de Kur Hants são reabertas por jornalistas amigos do fotógrafo, o grupo que presenciou a cena do corpo dilacerado não se contentava com a hipótese de suicídio e muito menos assassinato com aquele grau de violência sem uma explicação lógica.

Na época o caso foi considerado assassinato pela polícia, arquivado e esquecido pelas autoridades, permanecendo apenas a lenda urbana do fantasma de Katrin Malen.



Hospital de Santem 1948

Horas se passaram o corpo de Kur já exalava um odor fétido, o sangue que ainda escorria da perfuração em seu peito, começava a escurecer, formando um grande círculo a sua volta, a cena tornou-se mais pavorosa ao ser observada pelo reflexo em um espelho muito grande e antigo que decorava o corredor.

Os olhos do fotógrafo estavam saltados, como se algo muito aterrorizante o tivesse afetado, sua alma parecia presa em seu corpo mutilado, algo extremamente atormentador pairava sobre o ambiente.

Os policiais e agentes que investigavam o caso no momento se atentaram a um detalhe que por pouco não passou despercebido, a mão direita de Kur estava repleta de sangue, entre suas unhas grandes, motivo de piadinhas entre os colegas, mas que ele pouco se importava, pois com elas era possível realizar muitas atividades artísticas no qual dedicava quase todo seu tempo livre, pintando lindos quadros e realizando trabalhos magníficos com as fotos que registrava eventualmente e durante seu trabalho, os peritos detectaram a presença de tecido da pele humana, tudo indicava naquele momento que o próprio Kur teria se violentado, provocando a própria morte.

O fato era intrigante, se o próprio Kur havia se suicidado onde então seu coração estaria e principalmente como haveria forças para tamanha brutalidade consigo.

As autoridades locais abafaram o caso na época, a lenda de Katrin Malen se espalhou por toda a região e em muito pouco tempo o mundo tomou conhecimento da tragédia.

Populares revoltados e indignados acreditaram que todo o mal provocado por Katrin mesmo depois de morte foi fruto de influências de sua mãe.

Uma grupo munido com pedras e tochas invadiu a casa de Enila no dia seguinte a morte Kur, agrediram a pobre mulher e atearam fogo na humilde residência. Enila presa e indefesa morreu aos gritos com o fogo dolorosamente possuindo seu corpo.

Algumas amigas tentaram impedir, mas foram agredidas verbalmente sendo acusadas de cumplicidade, todas elas assustadas correram e nunca mais foram vistas pela cidade.

Santem viveu momentos de pesadelo naqueles dias, Enila foi morta sem piedade e os responsáveis nunca foram punidos.

Após horas de espera o corpo de Kur foi removido, mesmo com buscas por todo o prédio seu coração não foi encontrado.

A câmera de Kur foi recolhida por Telman, um amigo, longe dos olhares investigativos das autoridades e posteriormente levada para sua casa na cidade de Estina, vizinha de Santem.



Muito se falou desde 1948, mentiras e mais mentiras foram ditas, mas uma única lenda se sobressaiu, tida como verdade, essa lenda distribuiu ao mundo o conto de que uma foto teria sido registrada, de fato foi, mas nunca ninguém teve acesso a não ser seu amigo que amedrontado nunca teve coragem de revelar o filme da câmera que permaneceu intacta em cima de um guarda-roupas antigo e não utilizado que ficava nos fundos da casa.



Telman se fechou em seu mundo e perdeu o contato com todos seus colegas de Santem, assustava-se cada vez que alguém citava o acontecimento ou até mesmo a lenda de Katrin Malen.



Os jornalistas que tentaram investigar o caso pouco descobriram sobre o mistério. Telman que isolado em outra cidade, recusava-se a atender qualquer pessoa, continuou vivendo de obras de artes, técnica que aprendeu com Kur.



Estina, Indonésia 1975

Telman já não lembrava a todo o momento da morte de Kur em 1948, mas suas obras tornaram-se obscuras e poucas eram vendidas. Telman faleceu em meio à miséria, poucas coisas mudaram ao longo dos anos em sua casa e a câmera de Kur continuava intacta.



O motivo de sua morte foi uma parada cardíaca sem qualquer explicação aparente enquanto finalizava seu último quadro, uma pintura nebulosa de uma boneca que parecia ser segurada por uma mão branca e jovem.



A notícia logo se espalhou, pois Telman era bem conhecido apesar de sua aspereza com as pessoas.



Faila, uma das jornalistas envolvidas na investigação de 1949, tomou conhecimento e seguiu para Estina em busca de algo que pudesse quebrar de uma vez por todas as lendas que rondavam a morte de Katrin Malen.



Dois dias depois os móveis e todos os bens de Telman começaram a ser retirados da residência e levados para um leilão da cidade.



Faila agora era uma jornalista muito bem sucedida e com uma boa quantia em dinheiro conseguiu arrematar a tão sonhada câmera e algumas das últimas pinturas de Telman.



A câmera de Kur estava embalada e muito bem protegida por um saco plástico ainda recoberto de pó mesmo após a limpeza realizada.



O que mais interessava Faila era o filme que permaneceu intacto por todos estes anos, mesmo sabendo do risco de estar estragado e nunca mais o mistério da morte de Kur ser revelado.



Faila recorreu a um amigo que possuía um estúdio módico de revelação em sua residência. Sabendo da importância do material Faila preferiu revelar cada foto pessoalmente e levá-las para análise em sua casa.



Faila assim o fez, preferiu nem observar as imagens, logo que ficaram prontas foram guardadas em uma pasta.



No caminho para casa Faila sentia fortes dores de cabeça, como nunca havia sentido antes, era algo que a incomodava demais e parecia que seu organismo estava cansado, como se tivesse praticado longas horas de exercícios físicos.


O relógio marcava 11 da noite, Faila finalmente analisaria as fotos tão misteriosas que há anos foram julgadas como lenda, muitos diziam que elas teriam sido reveladas e que uma estranha presença poderia ser vista nas imagens.



Tudo que era dito não passava de mentiras criadas por contadores de história. Nem a morte de Kur havia sido esclarecida.



Faila sentou em seu escritório, onde as pinturas de Telman repousavam inclusive a tenebrosa imagem da boneca, sua última pintura e uma caixa com uma boneca que veio junto com os quadros.



Algo ainda a incomodava, estava livre da dor de cabeça, mas o sentimento de cansaço permanecia.



Uma a uma as fotos foram analisadas, a nitidez já não era das melhores, muitas estavam borradas e infelizmente não poderiam ser identificadas.



Ao chegar às últimas imagens, que estavam boas, mas que em sua maioria revelavam apenas registros do prédio do Hospital, Faila teve um choque ao se deparar com a fotografia de Kur em frente ao espelho: com uma mão segurava a câmera e com a outra parecia abrir um buraco em seu peito. Apesar de a foto ser em preto e branco era possível notar o sangue em sua camisa branca.



Faila sentiu-se mal naquele momento e retirou-se do escritório, não acreditava que Kur teria se suicidado, era terrível imaginar a dor e os motivos que o levaram a fazer isso.



Após alguns minutos e vários copos de água, Faila retorna ao seu escritório e busca incessantemente pela foto que parecia ter sido tragada, misteriosamente desapareceu em meio a tantas outras folhas que permaneciam sobre a mesa.



Faila intrigou-se e resolveu dormir, pois ainda estava em choque com o que viu e principalmente com o mistério que acabara de desvendar.



Em seu quarto sentiu um estranho cheiro de fumaça, repentinamente um forte vento soprou do lado externo da casa, fazendo com que a janela emanasse fortes ruídos. A ventania logo foi possuindo a residência pelo lado de dentro até que um estrondo veio do escritório.



Faila assustada, cautelosamente caminhou para ver o que tinha acontecido e se deparou com o quadro de Telman, o da boneca, caído no chão.



Por alguns rápidos instantes seu olhar fixou-se na pintura, algo a chamava para dentro daquela estranha obra, já sentada no chão ficou paralisada com os olhos trêmulos, suas pupilas lentamente foram se dilatando, suas mãos incharam rapidamente, sentia-se sufocada, desesperada tentava se levantar, mas acabou caindo no chão do escritório.



Tentava emitir um grito de socorro, mas nada conseguiu fazer a não ser agonizar já sem reação alguma a única coisa que pôde ver foi um estranho vulto vagando pelo corredor, aparentemente uma menina. Deste ponto em diante nada mais viu a não ser a sombra da morte encobrindo sua visão.

Faila deixou registros do que estava pesquisando, sobre a sua escrivaninha duas folhas escritas à mão permaneceram intactas.



Uma semana depois o corpo de Faila foi encontrado em avançado estágio de decomposição. Peritos constataram morte por infarto, algo deveria ter provocado esse incidente já que Faila sempre foi extremamente sadia e nunca sofreu de mal algum de saúde.



Em sua residência foi encontrada uma estranha boneca, aparentemente muito antiga, mas pouca atenção foi dada a este objeto.



A autópsia de Faila assustou alguns médicos legistas, que encontraram seu coração muito escuro bem diferente de um infarto normal, ele parecia estar carbonizado.



Mais lendas caíram sobre o fantasma de Katrin Malen, a conto da foto proibida se espalhou novamente, nada continha os comentários da população da Indonésia, muito menos a velocidade com que as informações eram passadas.



Anos se passaram, as fotos da câmera de Kur foram recolhidas por um museu local, os relatos que Faila escreveu se tornaram segredo guardado a sete chaves junto com o quadro da boneca e a boneca encontrada em sua casa.



Sua morte foi dada como natural e ninguém mais tocou no assunto.

Continuação 3 Katrin Malen

Nova York, Estados Unidos 1995

Henry um jovem estudante das artes ocultas há tempos tinha conhecimento da Lenda de Katrin Malen e muito planejava sua ida para a Indonésia, a fim de resgatar os vestígios reais da existência da menina bem como as famosas fotos que ficaram trancadas em um antigo baú.



A boneca encontrada, por ser muito antiga ficou exposta no museu como peça de apreciação e desejo de colecionadores, por ser única e praticamente não existir qualquer outro exemplar como aquele no mundo.

De tanto desejar Henry juntou um alto capital com sua organização do Ocultismo e conseguiu todos os objetos que desejava inclusive a boneca, após meses de negociação o museu concordou em vender tudo, pois estava em estado lamentável e necessitava de verba para conseguir se manter por mais algum tempo e nesse período ninguém mais acreditava na lenda Katrin Malen.



As fotos, a boneca e os relatos de Faila chegaram a Henry quase um ano após seu pedido ter sido realizado.



As fotos já não mostravam mais nada, além de borrões escuros e manchas estragadas pelo tempo e má conservação, apenas a de um corredor vazio focalizando uma porta estava em bom estado.



A boneca encontrada na casa de Faila permanecia da mesma maneira, trajando um vestido branco, cabelos longos e louros de tamanho médio e seu corpo era composto por um pano macio, o enchimento parecia não ser dos melhor e já não exalava um bom odor devido a idade.

Vasculhando entre as linhas daqueles papéis que um dia serviram de anotações a Faila, Henry descobriu o que uma das fotos mostrava. Faila descreveu com riqueza de detalhes a foto em que Kur se suicidava.



Faila explicou como adquiriu os objetos estranhos e um dos parágrafos citava que a boneca estava ao lado de Kur no dia de sua morte e que havia sido recolhida junto com sua câmera permanecendo guardada na casa de Telman e posteriormente comprada por Faila no leilão.



Henry era perito em artes gráficas na época e desejava coletar o material, realizar seus estudos e posteriormente concretizar suas conclusões com imagens e ilustrações de todos os acontecimentos desde o grande incêndio do hospital de Santem.



Com o passar dos dias Henry ficou fanático pelas buscas, queria de todas as formas encontrar uma resposta para a morte de Faila e principalmente desvendar o que poderia ter levado a morte de Faila.



Um mês se passou, Henry afastou-se de seu grupo de ocultismo e se dedicou em tempo integral a buscar informações sobre o passado de Katrin e todos aqueles que tentaram descobrir sua verdadeira história.



Henry morava sozinho, seu pai e mãe eram falecidos, a casa dele era repleta de artefatos religiosos e símbolos místicos o que tornavam o ambiente assustador para algumas pessoas.



O ano já era de 1996, Henry pouco saia de casa e dedicava todo seu tempo livre ao ocultismo, já havia abandonado a pesquisa sobre Katrin Malen até que em certo dia descobriu em velho livro, um ritual utilizado para invocar espíritos perturbados. Era algo diferente de tudo que ele já conhecia, talvez fosse aquele ritual a resposta para todas suas dúvidas.



Assim Henry tomou a decisão de realizá-lo na noite de sete de janeiro.



O foco de Henry era invocar o espírito de Katrin Malen, e tentar obter as respostas que tanto desejava. Para isto acontecer o livro dizia que sangue próprio deveria ser oferecido ao espírito em questão.



Henry seguiu a risca tudo que foi pedido, dezenas de velas iluminavam o ambiente, sobre a mesa da cozinha permaneciam alguns objetos religiosos, umas folhas e uma caneta.



As horas foram passando e Henry não conseguia invocar a tão esperada presença de Katrin, até que em certo momento, sua mão involuntariamente escreveu uma mensagem no papel que dizia: “Regresso por aquele que faz o que um dia fizemos”. Sem entender bem Henry encerrou o ritual, mas permaneceu intrigado com a mensagem que escreveu.



Naquela mesma noite, estranhos ruídos foram escutados na cozinha enquanto Henry dormia.



O dia amanheceu nebuloso, ao caminhar em direção a cozinha Henry apavorou-se vendo que todos os armários de sua cozinha estavam abertos, era algo que nunca tinha acontecido antes, muito pensativo vagarosamente fechou cada porta, imaginando o que poderia ter causado aquilo.



Dias foram se passando, o comportamento e Henry parecia mais estranho, cada vez se fechando mais para o mundo. Seus amigos já não correspondiam, sempre eram retribuídos com agressividade, mesmo aqueles que contribuíram para a compra dos objetos da Indonésia.



Vinte e cinco dias transcorreram da mesma forma, diversas vezes Henry foi surpreendido por estranhos acontecimentos em sua residência. Suas criações digitais já não eram mais as mesmas, apesar de passar horas em frente a um computador, pouco criava.



Em uma noite muito quente, Henry tentava de todas as maneiras criar algo único em seu computador, mas os latidos incessantes de seu cachorro e único companheiro o incomodavam demasiadamente.



Instantes de muita fúria foram se sobrepondo, até que em determinado momento Henry parecia diferente, algo o deixava trêmulo. Vagarosamente levantou-se de sua mesa, as gotículas de suor já eram visíveis em seu rosto. Caminhou até a parte externa onde seu cachorro continuava a latir.



As veias do rosto de Henry, um rapaz loiro com pele avermelhada, estavam saltadas e seu olhar era de fúria para seu animal.



Ao seu lado direito havia uma caixa de madeira com uma barra de ferro acima, Henry agarrou essa barra com muita força e apontou em direção do animal que continuava a latir, mas desta vez olhando para seu dono.



Henry nada notou, mas no momento em que observava seu cachorro um estranho vulto de estatura baixa, roupas pretas e um olhar profundo o observava de dentro da residência.



Os ruídos do cachorro eram de medo e raiva, Henry ergueu a barra com toda a sua fúria e acertou a cabeça do animal num golpe fatal sem ao menos dar-lhe a chance de reagir.

Ainda não satisfeito Henry, demonstrou sua raiva cavando um buraco no peito do cachorro, colocando a mostra seu coração que jorrava sangue por todo quintal.



Após assassinar seu tão querido companheiro, Henry com as mãos repletas de sangue, soltou a barra e caminhou normalmente para seu computador sem notar a estranha presença o observando.



Em frente ao computador mesmo sem lavar as mãos, Henry manchava todo o mouse e escrivaninha. Um estranho desejo tomou conta de seu ser. Vasculhou suas gavetas até que encontrou a foto do corredor do Hospital de Santem, a única restante da série de imagens que Kur registrou. Mesmo com as mãos sujas conseguiu digitalizar aquela imagem.



Seu olhar era fixo na tela do computador, enquanto isso atrás dele a presença não notada que vagava por sua residência nada mais era do que o espírito da própria Katrin Malen.


Henry estava sob o poder de Katrin, sem notar a menina o observando ele começou a criar montagens em seu computador, sobrepondo diversas imagens sobre a foto corredor, inconscientemente Henry recriou com perfeição de detalhes a imagem do espectro de Katrin Malen, mas algo ainda faltava e com certeza era a boneca.



Em outra de suas bagunçadas gavetas entre os badulaques místicos a boneca vinda do museu da Indonésia foi retratada nas mãos de Katrin como se fosse enforcada por uma fina linha.



A obra digital ficou pavorosa, mas Henry estava certo no que fez. Uma voz baixa, pausadamente repetia para que aquela imagem fosse propagada, mais pessoas deveriam tomar conhecimento da existência de Katrin Malen.



Henry ainda permanecia com a boneca em uma das mãos enquanto disparava a tenebrosa fotomontagem pela então recente criada internet.



Katrin continuava observando as atitudes de Henry e quando o último clique foi dado, as mãos geladas, brancas e com aparência decomposta do espírito da menina morta repousaram sobre os ombros de Henry.



Henry sentiu suas mãos incharem, uma estranha falta de ar tomava conta de seu corpo sem saber ao certo o que estava acontecendo, viu sua visão cair na penumbra, seu coração acelerar e em minutos nada mais sentiu, faleceu em sua cadeira, caindo posteriormente com a boneca segurada firmemente em sua mão esquerda.

Katrin se afastou lentamente e na escuridão do corredor da casa de Henry, desapareceu com um sorriso fúnebre e sarcástico em sua face macabra como quem comemorava a conclusão de uma difícil missão.



Dias depois a casa de Henry é arrombada por policiais que vieram a pedido de vizinhos que sentiam um forte mau cheiro e notaram a ausência do jovem.



A cena era chocante e nada diferente da morte Faila, a boneca foi recolhida por uma das policiais que ferozmente a rasgou e dentro do brinquedo escondia-se vestígios de tecido humano apodrecido por décadas, mas tudo indicaria que aquele seria um coração.



Exames posteriores indicaram que o coração era de Kur, desaparecido e considerado um mistério até os dias atuais. Uma dúvida no ar ficou: - Como aquele órgão foi depositado dentro do brinquedo? Havia mais alguém naquele hospital além de Kur.



Investigadores buscavam mais vestígios dentro da boneca quando um pequeno diário envelhecido caiu na mesa.



Mary uma linda jovem policial pegou o diário e na sua capa o nome da proprietária era bem evidente: “Katrin Malen”





OBS : VAMOS TENTAR ACHAR O DIARIO DE KATRIN MALEN, ( POIS FIQUEI SABENDO QUE ELE EXISTE PELA INTERNET)

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Lendas do vale do paraiba

este foi um relato tirado de um site de peranormalidades:


MARIA AUGUSTA - A escola estadual Conselheiro Rodrigues Alves, em Guará, é mal assombrada. Pelo menos para as pessoas que acreditam na 'Maria Augusta', também chamada de 'loira do banheiro'. A Maria Augusta era filha do visconde Franciscus D'A Oliveira Borges e da viscondessa Amélia Augusta Cazal, uma família muito rica.

“No local onde é a escola era a casa da família dela, que foi incendiada. Maria Augusta viajou para a Europa para fugir do marido --ela foi obrigada a se casar aos 14 anos”.

“Maria Augusta teria morrido com 25 anos após ter uma febre. "O corpo foi enviado embalsamado para Guará e o caixão ficou na casa da família por meses até que fosse enterrado". O espírito dela apareceria até hoje na escola. Quando Maria Augusta está perto é possível ouvir o barulho do seu vestido de tafetá e sentir o cheiro de seu perfume francês. Uma atendente da escola disse: “- Ela usava um vestido branco e uma sapatilha preta de camurça. O cabelo dela é ruivo.”

Ela disse que viu a mulher na parte superior do prédio. "Fui atrás dela porque queria conversar, mas ela sumiu.", houve um dia em que ouviu o piano do anfiteatro tocar. "Fui até lá e não tinha ninguém."

“O Vale está cheio de lendas. "Uma é sobre a 'mãozinha', que é uma mão que sai do rio Paraíba e vira os barcos." Thereza disse que esse ser atravessaria o Paraíba a cada sete anos e, além de virar os barcos, também afogaria as pessoas”.

CARRUAGEM - No bairro de Santa Rita, em Guará, moradores escutam a carruagem de Inês Teodora, uma senhora rica que ajudou a construir a igreja do bairro. Inês morava em uma fazenda e usava a carruagem para ir todos os dias ao local acompanhar as obras. Ela teria bancado a obra e ajudado os escravos na construção”.

LOIRAS - Também é comum se falar nas loiras que aparecem nos banheiros de escolas em toda a região e nas loiras que assombram a via Dutra”.

“As loiras foram criadas pela população com certos objetivos, como fazer com que os motoristas da Dutra não se envolvam com prostitutas e que crianças não caiam na conversa de mulheres que encontrarem no banheiro”.

LOBISOMEM - Em São Luís os mitos são levados tão a sério que o município até realiza festivais, como o do lobisomem e o do saci-pererê”.

“Estórias de corpo seco também não faltam. Uma delas aconteceu em Lorena, em 2001, quando um coveiro abriu um caixão e o corpo não havia se desintegrado, mesmo estando enterrado há cinco anos.”

(Neste caso, eu afirmo que não se trata de lenda, pois eu mesma vi o tal corpo seco. Coincidentemente, eu fiquei curiosa com o alvoroço das pessoas que estavam apavoradas com a visão, pois tal fato aconteceu em um dias que estava velando um parente. Ao que percebi que a coisa medonha, se tratava de um mumificação natural, pois o corpo estava enterrado sob areia, portanto um local seco).

“Em São Luís a história mais conhecida de corpo seco é a do "Cabrá", o fazendeiro Pedro Cabral da Silva, que morreu enquanto discutia com um padre porque queria ganhar terras da igreja. Segundo a lenda, vira corpo seco quem faz maldades enquanto é vivo”.

(Eu já discuti com um padre uma vez devido “à bondade” do mesmo. Pois o padreco chamou a polícia, pois um velhinho havia entrado na escola salesiana fugindo da chuva. Nada demais, só que o velhinho não era andarilho, e só pediu abrigo e disse que estava com fome. Portanto o “servo de Deus” em questão, não só disse que não tinha comida, como ali não era albergue. Resumindo a história, alguns alunos, inclusive eu, conversamos com os policiais, e eles indignados com tal afronta, levaram o velhinho para o albergue espírita – ironia, né – será que eu vou virar corpo seco? Ou será que antes de morrer eu serei salva se confessar este meu pecado para outro padreco? ).

“Em 1990 o 'homem pé de cavalo' teria assombrado o bairro Jardim Diamante, em São José, seduzindo mocinhas que iam dançar no antigo Barcelona”.

Curiosamente, minha comadre que morava em Cachoeira Paulista, contou-me uma vez, que ela ficou curiosa, pois ouvia todas as noites um barulho de cavalo embaixo de sua janela. Segundo ela, o cavalgar era rápido e ela não ouvia os passos do cavalo se aproximando nem indo embora, somente o passar embaixo da janela. Como ela já estava cansada de acordar todas as noites com aquele barulho, ela ficou acordada certa noite com seu marido (que também ouvia) e uma amiga (que eu conheço e ela confirmou) e quando ouviu o cavalgar, ela abriu a janela e quase morreu de medo: ela viu um homem descendo a rua pulando sobre as duas pernas, ou seja, ele não andava, e sim pulava e seus pés faziam barulho de cascos. Ela disse “- vá em paz seguir seu caminho junto a Jesus” – e a aparição sumiu no ar. Nunca mais ela voltou a ouvir o bater dos cascos.

CURANDEIRA - A curandeira Sá Mariinha, de Cunha, também virou lenda. Ela teria morrido em 1959, aos 80 anos. A estória dela virou livro em 1994, escrito pelo historiador João José de Oliveira Veloso publicou. Mariinha era muito doente quando criança. Ela teria se curado por causa da água de uma bica perto de sua casa. "Quando ela ia lavar o rosto na bica aparecia a imagem de Nossa Senhora na palma da mão dela." Veloso disse que atualmente a bica é um ponto de peregrinação religiosa, já que as pessoas vão até lá fazer pedidos”.

MARIA PEREGRINA - Uma outra lenda de São José é a 'Maria do Saco' ou 'Maria Peregrina', uma senhora que vivia pelas ruas do bairro de Santana, com um saco nas costas”. (Aqui se trata da versão feminina do ” homem do saco”).

O Ipê Amarelo por Sonia Gabriel - Na década de 20, aconteceu em Pindamonhangaba uma história de amor que entrou para as lendas da cidade. Época em que diferenças sociais interferiam diretamente na vida das pessoas, dois jovens de classes sociais diferentes apaixonaram-se e viram-se impedidos de viver esse amor.

A moça era de família rica e o rapaz de uma família de classe média. Os dois conheceram-se e apaixonaram-se. Intuindo as dificuldades que encontrariam, mantiveram o namoro em sigilo por algum tempo. Descobertos, foram separados pelos pais da moça com ameaças de que ela teria que voltar para um internato. Apesar das ameaças e da vigilância dos pais, os dois continuaram os encontros. Preocupados com o futuro do filho que poderia ser prejudicado por tanto problema, os pais dele também resolveram proibir o namoro.

Sentindo-se acuados, certa noite, encontraram–se e foram para o Bosque, às margens do rio Paraíba. O casal, resolvido a ficar junto a qualquer preço, envenenou-se recostado ao pé do tronco de um ipê florido, repleto de flores amarelas.

Foram encontrados apenas no dia seguinte. Os dois estavam abraçados e cobertos de flores. Dizem que em algumas noites é possível vê-los juntos, vestidos de noivos, caminhando pelo bosque”

A SACIZINHA - “Pelo Vale do Paraíba é possível escutar muitas variações das histórias de Saci, mas em Canas há uma delicada versão. Há na cidade muitas referências ao Saci em sua forma feminina. As histórias que as crianças ouvem e repassam trazem as aventuras sempre neste delicado gênero. Uma moradora da cidade, conta que sua neta foi dormir em sua casa e agasalhou-se para o descanso. Na manhã seguinte, questionada pela avó por estar com apenas uma meia, foi categórica ao afirmar que a sacizinha havia levado a outra, e insiste no fato mesmo já tendo passado tanto tempo”

O fantasma da garagem

Inglês garante que assombração largou de propósito moedas da 2º Guerra Mundial.

O britânico Nick White, de 35 anos, morador de South Yorkshire, na Inglaterra, jura que não anda bebendo nada.

Ele anunciou que tem visto uma criatura desembarcar do mundo sobrenatural direto em sua garagem.


















Gabragem assombrada Nick White


A assombração, segundo White, é matreira – quer aparecer e provar que existe. Por isso, ela teria deixado duas moedas fabricadas na 2ª Guerra ao lado do carro do inglês.

White só pensa no fantasma. Disse que já o viu algumas vezes. É uma mulher, que surge - à noite, claro – vestida com trajes brancos.

De acordo com o assombrado, ela usa roupas da década de 40. Por coincidência, uma das moedas que foram deixadas na garagem é de 1936 e a outra, de 1938.

O britânico soube que o terreno onde sua residência está instalada abrigava uma igreja que serviu de necrotério durante o conflito dos anos 40.

- Sempre fui cético com essas histórias. Mas agora, não. É tudo meio assustador, disse White, que pensa em chamar um exorcista para acabar com as aparições.

1939 - luz estranha causa medo em minas gerais


Esse é um caso intrigante. Oito anos antes da onda ufológica de 1947, uma luz não identificada amedrontou a população da cidade histórica mineira de São João del Rei. Algumas características do fenômeno se enquadram perfeitamente nas descrições fornecidas na "Operação Prato" realizada entre setembro e dezembro de 1977 pela Força Aérea Brasileira em Colares, uma ilha do litoral paraense. Em 1939 não existiam os termos OVNI (Objeto Voador não Identificado) e "Disco Voador", cunhados no pós-guerra

Anneliese Michel um caso de possessão demoniaca


Os padres Ernest Alt e Arnold Renz tinham uma dolorosa e necessária missão a cumprir. Talvez a simples fé no Cristo não fosse suficiente para levar a cabo a empreitada. Os padres sabiam muito bem que teriam de ser fortes. E extremamente corajosos. Doravante, era o inimigo do Altíssimo que teriam de enfrentar e combater.

Anneliese Michel tinha visões assustadoras de faces demoníacas enquanto, ajoelhada, dedicava uma prece ao Senhor. Vozes invadiam os seus ouvidos com promessas terríveis: a jovem, distante de qualquer possibilidade de Salvação em Crsisto, queimaria eternamente no Inferno. Crises de depressões sucediam-se, já que Anneliese, embora profundamente católica, via crescer em si uma insuportável intolerância a locais e objetos sagrados.

O que era uma simples conjectura tornou-se, para os pais daquela jovem de apenas vinte e três anos, uma convicção inabalável: a filha estava possuída por forças sobrenaturais malignas.





















Aneeliese Michel antes da possessão

Anneliese nascera em 1952, na Baviera, recanto alemão de arraigada tradição católica. Por volta dos dezesseis anos, desencadeou-se em Anneliese uma torrente de sintomas que, ao menos na aparência, sugeriam problemas mentais. A Clínica Psiquiátrica de Würzburg chegou a um diagnóstico: Anneliese padecia de epilepsia associada à esquizofrenia. Inciou-se um tratamento intensivo, que durou um ano. Supostamente recuperada, Anneliese completou o segundo grau. Posteriormente, ingressou na Universidade de Würzburg, iniciando o curso de Pedagogia.

Mas os estudos foram interrompidos. As vozes e visões demoníacas se tornaram cada vez mais constantes e opressoras. Anneliese assumira um comportamento agressivo. Consta que a moça “insultava, espancava e mordia os outros membros da família, além de dormir sempre no chão e se alimentar com moscas e aranhas, chegando a beber da própria urina. Anneliese podia ser ouvida gritando por horas em sua casa, enquanto quebrava crucifixos, destruía imagens de Jesus Cristo e lançava rosários para longe de si. Ela também cometia atos de auto-mutilação, tirava suas roupas e urinava pela casa com freqüência” (1).



Frustrado o tratamento psiquiátrico, os pais de Anneliese buscaram o auxílio da Igreja. O padre Ernest Alt acompanhou o caso. Em 1974, ele chegou à conclusão de que havia indícios veementes de possessão demoníaca, o que requereria a realização de exorcismo. Mas somente em setembro do ano seguinte o bispo de Wüzburg autorizou o ritual, conforme os procedimentos previstos no Rituale Romano.

Ao longo de 67 seções, que se prolongaram por longos nove meses, realizadas uma ou duas vezes por semana, os padres Ernest e Arnold pelejaram contra entidades que assumiam a identidade de Lúcifer, Caim, Judas, Nero, Adolf Hitler e Fleischmann, um bruxo do século XVI. Durante as sessões, Anneliese, muitas vezes, “tinha que ser segurada por até três homens ou, em algumas ocasiões, acorrentada” (2). Argumenta-se que ela “lesionou seriamente os joelhos em virtude das genuflexões compulsivas que realizava durante o exorcismo, aproximadamente quatrocentas em cada sessão” (3).

Anneliese teria relatado um sonho místico no qual dialogara com a Virgem Maria. A mãe de Jesus teria proposto, à jovem, a seguinte escolha: liberar-se, em proveito próprio, do terrível jugo demoníaco, ou continuar imersa no dolososo martírio, mas em nome da fé cristã. A segunda alternativa seduziu a jovem estudante: ela seria um público exemplo de que os demônios existem e de que exercem os seus nefandos poderes no plano terrestre. Argumenta-se que “Anneliese optou pelo martírio voluntário, alegando que seu exemplo enquanto possessa serviria de aviso a toda a humanidade de que o demônio existe e que nos ronda a todos, e que trabalhar pela própria salvação deve ser uma meta sempre presente. Ela afirmava que muitas pessoas diziam que Deus está morto, que haviam perdido a fé, então ela, com seu exemplo, lhes mostraria que o demônio age, e independe da fé das pessoas para isso. (4)”

Anneliese predissera quando se daria a sua libertação: 1 de julho de 1976. Consta que, à meia-noite, os demônios finamente abandonaram o corpo da estudante, deixando-a em paz e livre das convulsões impingidas durante tantos anos. Exausta, Anneliese adormeceu. E teve, em seqüência, uma morte tranqüila. Era o fim de um insuportável suplício. “A autópsia considerou o seu estado avançado de desnutrição e desidratação como a causa de sua morte por falência múltipla dos órgãos. Nesse dia o seu corpo pesava pouco mais de trinta quilos. (5)”

Segundo Elbson do Carmo, após a morte de Anneliese, “seus pais foram indiciados por homicídio culposo e omissão de socorro, e os dois padres exorcistas Ernst Alt e Arnold Renz sofreram as mesmas acusações. Os dois padres foram condenados a seis meses de prisão.” (6) Registra o mesmo autor que esse fato “chocou a opinião pública alemã, gerando uma enorme polêmica em toda a Europa, que incluiu a Igreja, os meios acadêmicos e a justiça em torno da mesma discussão” (7). A história de Anneliese deu origem a dois filmes, “Requien” – produção alemã – e “O Exorcismo de Emily Rose” – produção norte-americana dirigida por Scott Derrickson.

Anneliese Michel é, certamente, um dos mais bem documentados casos de distúrbios de comportamento ao qual se atribui a ação opressora e letal de forças malignas incidente sobre a frágil psique humana. E, a considerar o incontestável rigor que antecede a qualquer autorização da Igreja Católica para a prática do Rituale Romano, não se pode pôr em dúvida a materialidade do excêntrico e destrutivo calvário, ou as implicações místicas que acompanharam o longo sofrimento da estudante de Wüzburg. Mas se, de fato, possessão houve, isto compõe uma insondável silhueta que, por se situar no campo metafísico, escapa a qualquer possibilidade de juízo conclusivo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

a noiva do bairro Baeta Neves

este relato foi tirado de um site de paranormalidades:


Em 1993 eu passeava quase todas as noites com minha cadela pastor alemão na praça da igreja próximo à minha casa... Quase sempre eu parava para conversar com uma amiga de escola que residia a 50 metros da igreja.

Numa destas noites eu fui embora com minha cadela por volta da 23:00 h e minha amiga ficou no muro de seu sobrado aguardando sua irmã chegar com o namorado; Por volta de 23:30 ela olhou na direção da igreja e viu uma figura vestida de noiva muito esquisita, segurava a parte frontal do vestido acima do joelho exibindo um par de pernas "muito cabeludas" segundo a mesma, ela julgou tratar-se de um travesti pois andava com "jeito de homem".

Nisso sua irmã chegou com o namorado e ela viu o vulto da noiva dobrar a esquina da igreja, imediatamente pediu pra subir no carro do cunhado e dar a volta pela igreja para confirmar que figura esquisita era aquela; Deram várias voltas pelas ruas próximas e sua irmã zombou dela alegando que ela estava "vendo coisas".

Chegando em casa ela "desafiou", chamando aquela criatura para aparecer novamente se fosse uma entidade ou espírito querendo algo; Imediatamente ouviram várias batidas na porta do sobrado. Então subiram correndo para o quarto da mãe gritando feito loucas. Sua mãe abriu a janela do quarto da frente e não viu ninguém, acalmou as filhas, fez oração com elas (evangélicas por sinal) e foram dormir.

Na manhã seguinte comentou com uma vizinha, moradora antiga daquela rua, e a mesma lhes disse que ela havia visto "A noiva", uma moça que fora abandonada no altar pelo noivo décadas atrás e que se suicidara em seguida, aparecendo vez ou outra para algum "desavisado".

Lembrei-me então que em algumas ocasiões em que eu passeava com minha cadela pastora próximo à igreja, ela (que era muito valente e agressiva) por vezes ficava com o pêlo eriçado e rosnava do nada, como a ver alguém (ou alguma coisa) que a deixava nervosa (sempre próximo à tal igreja).

Minha amiga é uma pessoa idônea, evangélica e não teria motivos para inventar tal "história", e ainda por cima só ficou sabendo das "aparições" da tal "noiva" no dia seguinte à estranha aparição que presenciou.

Visita ao inferno

este relato foi tirado de um site de paranormalidades:


inferno não iria ficar sofrendo e sim tomar controle de minha situação.

Logo a voz começou a me mostrar e me fez reviver todos os momentos mais desesperadores e tristes em minha vida, mas logo tomei consciência que aquela situação era uma lembrança, que eu estava apenas revivendo algo que eu já tinha vencido e que não havia sentido em sofrer por algo que já tinha vencido. Logo a voz passou para outra fase: a dor física. Eu conseguia sentir todo o tipo de dor possível, mesmo o meu corpo não sendo tocado, era tudo mentalmente. Eu continuava congelado com uma estaca de gelo atravessando meu corpo e uma chama em volta iluminando, mas eu sentia ser cortado, quebrado, queimado. Logo percebi que iria conseguir controlar e até mesmo me acostumar com as dores que eram repetitivas e constantes. Logo a voz me disse que eu tinha passado pelos dois estágios principais no inferno, e que estes dois estágios levam milênios para serem superados, e que quando sua alma passa por estes estágios ela já se corrompeu e tal forma que você não é mais humano, e sim um demônio. Neste momento eu consegui me desprender do meu corpo e comecei a passar e ver milhares de pessoas com estacas de gelo atravessando seus corpos congelados e com a chama em espiral em volta delas, e conseguia ver o que elas estavam vivendo.

Neste momento eu acordei. O sonho foi muito interessante e intenso, foi a primeira vez que sonhei com o inferno propriamente dito, mas não me assustei pois é comum desde que tenho consciência da minha existência ter pesadelos dos piores tipos possíveis, e que hoje são apenas sonhos, mas eu fiquei surpreso pelo inferno ser gelo e não fogo como dizem. Eu sempre esperei que quando fosse ao inferno iria ser queimado, torturado, cortado ou até fritado... vai saber! Mas nunca esperei que iria ser congelado, e tudo seria mentalmente feito.

Após o sonho fiquei intrigado e comecei a pesquisar, e achei algumas teorias que o inferno seria um lago de gelo, um lago de gelo formado pelas lágrimas de Lúcifer, lágrimas de arrependimento por ter se revoltado contra Deus e que todas as pessoas que vão para o inferno seriam congeladas até o pescoço. Bem, não é como eu vi, mas tem a ver com gelo. Se foi uma visão ou tudo apenas um sonho não posso afirmar, mas por todas as experiências que já tive, irei sempre carregar a dúvida de que nem tudo é o que realmente parece.

Bem, este foi meu relato. Irei começar a colocar minhas experiências que tinha desde que era mais novo, e espero que gostem.

carta mostra que a policia acreditava no monstro do lago nés

Uma carta escrita há mais de 70 anos e divulgada por um arquivo de documentos históricos revela que um chefe de polícia escocês na década de 1930 acreditava na existência da criatura conhecida como "O Monstro do Lago Ness" e pediu ajuda de superiores para protegê-lo.

"Que existe alguma criatura estranha no Lago Ness parece agora certo, mas há dúvida sobre a capacidade da polícia de protegê-la", escreveu em 1938 o então chefe da polícia do condado de Inverness, William Fraser, ao seu superior. Ele mostrava-se preocupado com uma expedição que estaria disposta a capturar a criatura "viva ou morta". "Se você tem qualquer sugestão a fazer ou alguma diretriz a dar sobre como lidar com o caso, ficarei grato", completa Fraser.

Evidências

O documento, de propriedade do Arquivo Nacional da Escócia (NAS na sigla em inglês), foi liberado como parte de uma exibição. Em 1933, o governo escocês recebeu um pedido para confirmar ou não a existência de uma monstruosa criatura, fruto de uma antiga lenda que até hoje atrai turistas ao conhecido lago no norte do país.

O assunto foi ridicularizado pela imprensa, mas documentos mostram que o governo cogitou uma série de medidas como montar um posto permanente para tentar capturar imagens da criatura e pedir uma análise sobre se seria possível capturar o monstro sem feri-lo. No fim, o governo decidiu que o mito era bastante popular junto ao público e que seria melhor deixar as medidas de lado. Relatos de aparições do monstro datam de 565 a.C.. Não há evidências científicas comprovadas da existência da criatura.

profecias do vaticano

Acabei de receber uma notificação da Universidade de Arizona que anuncia a inauguração de um novo telescópio chamado "LUCIFER", e que está ocorrendo uma especulação a respeito do porque o Vaticano teria seu próprio observatório estelar.

Alguns acreditam que é com o propósito de monitorar uma advertência apresentada na Bíblia que vem do livro do Apocalipse no Novo Testamento:

"O terceiro anjo tocou a sua trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como uma tocha, e caiu sobre a terça parte dos rios, e sobre as fontes de águas; E o nome da estrela era Absinto; e a terça parte das águas se tornou em absinto; e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas". (Revelação 8:10, 11).

Depois de mais que uma década de projetos, fabricando e testando, o novo telescópio chamado de LUCIFER 1, este contém uma ferramenta poderosa para fazer imagens espetaculares no universo. Desde a Via Láctea para galáxias extremamente distantes.

O telescópio LUCIFER, que foi construído por um consórcio de institutos alemães, terá um instrumento idêntico ao que foi utilizado na fabricação do telescópio mais moderno do mundo.

Será que o Vaticano tem a mesma informação dos Maias?

Ambos falam de um evento que ocorrerá no centro de nossa galáxia Via Láctea. Ambos indicam que ocorrerá um evento celestial muito poderoso, mas a pergunta mais importante de todas seria "Quando isso vai ocorrer?"

Não acredito que nenhum cientista ou indivíduo racional possa admitir que todos que fazem ciência espacial e cosmologia têm certa urgência para tal descoberta. Das partículas galácticas carregadas até os novos asteróides encontrados, há um consenso de que acharemos algo assim que for possível.



Lobisomens

este relato foi tirado de um site de paranormalidades:



Alguns dias atrás fui almoçar na casa de minha vó e logo após o almoço pedi para ver algumas fotos antigas de nossa família. Ví fotos de minhas tias/vós, que não conhecia, bisavó e bisavô. Tinha certidões de nascimento carimbadas com o nome do Adolf Hitle, muito cabuloso. (Estamos fazendo uma pesquisa de direitos e deveres com esse carimbo, quem quiser ver, é só me pedir!)

A família de minha vó veio da Alemanha fugido da guerra. Aqui começaram uma nova vida!

Minha vó disse que sua mãe era espírita e que lidava muito com o mundo espirítual, tanto que esse poder passou para minha vó, para minhas primas e pra mim.

Quando ví meu bisavô fiquei fascinada e pedi para minha avó me contar mais coisas sobre ele, pois não tive a chance de conhece-lo. Me surpreendeu o fato que minha avó contou que meu avô, uma certa noite como de costume, foi pescar de madrugada no lago perto de onde moravam. Disse meu bizavô quando chegou em casa, ter visto um LOBISOMEM. Minha vó disse que o cabelo dele estava todo para cima em pé, todo arrepiado. Disse ele que quando estava pescando ouviu um barulho no meio do mato e pensou que era um animal, foi ver e deu de cara com um lobisomem. Ele correu como nunca correu antes em sua vida, e gritava desesperadamente, com o bicho correndo atrás dele. Minha vó disse que dava para ouvir os úivos do suposto "animal". Foi tenebroso!

Ele conseguiu sair ileso não sabe como, mais disse que o animal rondava a região, pois toda a noite dava para ouvir os uivos do animal.

Fiquei alucinada quando minha vó me contou, pois sou fascinada por Lobisomens e Vampiros. Creio que eles possam existir, hoje em dia em pouca quantidade, mais existem.

Antes de morrer meu biza escreveu em um papel para minha avó: TUDO O QUE VOCÊ IMAGINAR, EXISTE!

Não sei por que mais creio muito nisso, pois lí um livro que minha bizavó trouxe da Alemanhã que diz que tinha pessoas que diziam que iria existir uma forma de se locomover que teria dois chifres de duas rodas, anos depois inventaram a bicicleta, e logo mais disseram coisas como de existir um modo de locomoção que seria de ferro e puchada por cavalos, inventaram a carroça e depois que esse modo de locomoção ia ter quatro rodas e ia se mover sozinho e assim surgiu o carro. Cara isso tudo é muito dificil de acreditar, mas eu acredito muito, pois tudo isso pode ser real. Hoje em dia é muito dificiu de existir alguma coisa desse aspecto por que hoje o mundo está muito colonizado, com muitas cidades e indústrias, hoje as pessoas já não tem muito mais o que descobrir, é muito louco tudo isso.

Só resolvi contar essa história para vocês, pois quero saber a opnião de todos a respeito de Lobisomens, e coisas desse tipo. Se não concorda não precisa criticar com ignorância, somente de sua opnião e fale o por que pensa assim.

Galera muito obrigada por tudo e que Deus abençõe vocês! Abraços

A arca de Noé

É preciso no mínimo muito cuidado para avaliar as alegações de que restos da célebre Arca de Noé teriam sido encontrados no alto do monte Ararat, na Turquia. Um grupo evangélico de Hong Kong, o Ministério Internacional da Arca de Noé, organizou a expedição até o Ararat e afirma ter achado, no alto da montanha, estruturas de madeira que poderiam corresponder, segundo eles, a recintos do barco, e mesmo aos locais onde os casais de cada espécie de animal teriam sido abrigados, conforme diz a narrativa do livro bíblico do Gênesis.

O ministério também afirma ter datado lascas de madeira com a ajuda do método do carbono-14 (no qual a perda gradual dessa forma do elemento carbono indica a idade do material orgânico). Segundo os exploradores, a datação obtida, de 4.800 anos, bateria com a data da construção da arca estimada com base nos dados da Bíblia.

Em princípio, não há nada de impossível no fato de construções de madeira com tal idade terem sobrevivido no alto do Ararat, mas há uma série de dúvidas sobre as afirmações do Ministério Internacional da Arca de Noé. Embora o grupo afirme ter "99,9% de certeza" de que se trata da arca, a localização exata dos artefatos não foi revelada, pelo menos por enquanto. O grupo também não disse se planeja publicar suas descobertas numa revista científica independente. As duas coisas são cruciais para que outros pesquisadores possam avaliar os dados e verificar se eles estão corretos, a começar da datação, que sempre pode incorrer em erros.

Água? Onde?

Outro ponto importante, segundo pesquisadores que estudam a região de Ararat -- reino que, na Idade do Bronze, era conhecido como Urartu --, é que não há sinais de que alguma vez nos últimos milhares de anos as montanhas ali tenham ficado cobertas por água, ou que tenha havido uma interrupção na cultura dos povos da região. Uma mudança radical é o que seria de esperar caso Noé e seus descendentes tivessem repovoado a área, como diz a narrativa bíblica.

Finalmente, o próprio estudo detalhado do texto da Bíblia, bem como dos paralelos da história do Dilúvio na literatura do Oriente Médio antigo, dá pistas de que não se deve encarar a saga de Noé como um registro histórico.

Exemplo disso é o fato de que o texto do Gênesis (cuja época de composição provavelmente está entre 800 a.C. e 600 a.C.) parece ter surgido de uma recriação de obras bem mais antigas da Mesopotâmia, como os épicos de Gilgamesh (entre 1300 a.C. e 1000 a.C.) e Atrahasis (cerca de 1700 a.C.). Nessas obras também há a irritação de Deus (ou melhor, dos deuses) contra a humanidade, a destruição dos seres humanos por uma grande inundação e a sobrevivência de uma família que, por instruções divinas, constrói um barco para se salvar.

A diferença, no entanto, é que nos épicos da Mesopotâmia a motivação dos deuses para destruir a humanidade é o puro capricho: os seres humanos se tornaram numerosos demais, fazem muito barulho e, por isso, incomodam as divindades. A narrativa bíblica, por outro lado, vê uma motivação moral para a punição divina: a violência e a injustiça cometidas por todos, menos Noé. Por isso, os principais estudiosos da Bíblia argumentam que a história do Dilúvio na Bíblia é uma adaptação de lendas tradicionais cujo objetivo era defender a moralidade do monoteísmo, ou seja, a crença num único Deus.

Há, inclusive, indícios de "problemas de edição" no texto bíblico da história de Noé. Embora as pessoas quase sempre mencionem os dois casais de cada espécie de animal salvos por Noé na Arca, outros trechos da mesma história falam em sete casais de animais puros e um casal de animais impuros (uma distinção que só apareceu bem mais tarde na religião israelita, segundo a própria narrativa da Bíblia). É provável que as inconsistências derivem da junção de duas histórias diferentes sobre Noé, a qual resultou no texto disponível hoje.

Pesquisador investiga estrutura de madeira supostamente ligada à  Arca de Noé

Pesquisador investiga estrutura de madeira supostamente ligada à Arca de Noé

Recinto estaria associado a abrigos de animais na Arca, afirma  grupo de Hong Kong

Recinto estaria associado a abrigos de animais na Arca, afirma grupo de Hong Kong

o Fantasma de Allatoona Pass na Geórgia

Em 28 de outubro de 1934 o Atlanta Journal Magazine publicou uma reportagem sobre E.L.(Polly) Milan, um homem que começou sua carreira de ferroviário em 1877.

Nascido em 25 de maio de 1861, um mês após a primeira batalha da Guerra Civil, ele tinha setenta e três anos de idade e havia trabalhado na ferrovia por cinquenta e sete anos, ocupando o cargo de maquinista.

Três anos depois de começar a trabalhar na ferrovia, com a idade de dezenove anos, viu o fantasma de Allatoona Pass.

"Eu estive em vários desastres ruins", ele testemunhou, "mas encontrar com aquele fantasma foi pior que todos os meus desastres."

Quando jovem, Milan trabalhou em um trabalho perigoso, que exigia que os homens girassem os freios entre os vagões quando o trem passava pelas montanhas.

Após uma batalha feroz da Guerra Civil em Allatoona Pass, um soldado confederado desconhecido foi enterrado ao lado da via férrea. Se acredita a muitos anos que o seu espírito assombra a área, particularmente pegando carona nos trens.

"Os freios a ar eram desconhecidos, e a trilha era curva e traiçoeira através das montanhas solitárias e agourentas", relata Milan, "mas nunca aconteceu nada que me assustasse até a noite em que encontrei o fantasma".

"Nós vínhamos do sul num pequeno trem de frete com uma carga para Allatoona, quando descobriram que o trem havia se separado em dois", continua o velho maquinista. "Um pouco antes da meia-noite eu fui chamado para sinalizar para uma composição que vinha logo atrás".

"Com minha pistola na mão direita e minha lanterna vermelha e branca na esquerda, eu corri de volta até a colina. Eu parei no meio de um corte com aproximadamente 18 metros de profundidade e cerca de 120 metros de comprimento".

"Havia o túmulo de um soldado no extremo norte e uma caverna escura e assustadora, e eu tinha ouvido falar de coisas estranhas ouvidas e vistas por lá. Então eu parei no meio do corte, porque eu não queria passar pelo túmulo".

"Ali estava eu, no escuro, com a minha pistola na mão. O trem tinha atrelado e ido, me deixando sozinho lá fora, nas montanhas, onde podia acontecer de tudo naqueles dias".

"Bem, alguns minutos depois que o trem desapareceu na noite, fiquei horrorizado ao ver algo que parecia um homem com um lençol jogado sobre ele, saindo do escuro, perto do extremo norte do corte, e que lentamente se aproximava de mim".

Allatoona Pass vista do Norte, cerca de 1864. À esquerda pode ser vista a Casa Clayton, e no alto, o Forte Star. Entre as duas colinas o corte profundo

"Assustado quase à morte, e não sabendo o que fazer, eu fiquei lá e assisti a "coisa" vindo em minha direção. Quando chegou a uns 18 metros de onde eu estava, ele caiu cansado".

"Apenas se sentou lá, como se estivesse esgotado, enquanto eu refletia sobre o que fazer. Finalmente falei com ele, mas ele não respondeu. Falei de novo, mas apenas o som da minha voz ecoou no corte sombrio. Eu não sabia o que fazer!"

"A lanterna tilintava em minhas mãos e meus dentes estavam chacoalhando como ervilhas secas em uma vagem. "Então algo pareceu me empurrar em direção a coisa. Quando o alcancei, eu o toquei com as costas da mão da pistola".

"Eu nunca vou esquecer a sensação enquanto eu viver! Era frio, e em menos tempo do que se leva para dizer isso, eu estava chorando descontroladamente e correndo como louco".

"Corri mais de uma milha e meia antes que o trem que eu devia sinalizar me alcançasse", Milan concluiu: " Eu não sei o que era. Muitos ferroviários afirmam ter visto muitas coisas nesse corte."

Os primeiros encontros com o fantasma do trem de Allatoona ocorreram na década anterior, de acordo com o Savannah Morning News de 09 de dezembro de 1872, apenas sete anos depois do fim da guerra.

Durante meses, "operadores, condutores, maquinistas e homens dos freios "perceberam" que tinham o reforço de uma mão extra nos trens, quando a locomotiva entrava na área de Allatoona.

O ser "aparece de repente em cima dos vagões, ocupa um lugar, e ali permanece por muitos quilômetros, então o homem dos freios desconhecido desaparece."

Condutores que se aproximaram ficaram chocados ao vê-lo "desaparecer como a neblina." Recentemente, um maquinista avistou "o homem do freio fantasmagórico" sentado em cima de seu terceiro carro.

Determinado a resolver o mistério, ele escalou os carros com os olhos fixos na aparição, mas quando ele se aproximava da visão, "gradualmente ela desaparecia de vista" afirma o relatório.

O teimoso maquinista, continuou até o vagão e procurou em cada possível esconderijo. Ele não encontrou ninguém, mas quando voltava ele encontrou o fantasma na posição que ocupava anteriormente, o que achou "incompreensívelmente estranho e inexplicável."

Pela segunda vez quando abordou o fantasma ele "dissolveu-se em nada." Chegando na locomotiva, o maquinista olhou novamente para trás e viu o seu hóspede indesejável no lugar habitual, que ocupou por alguns quilômetros, até que "desapareceu."

Sua aparição encima dos trens tem sido vista com indiferença entre os homens da estrada de ferro", conclui o artigo," e todo o esforço para descobrir quem ele é cessou".

Allatoona também tem uma história de luz fantasma tradicional. Uma misteriosa bola iluminada é vista balançando à noite nas trilhas, e é supostamente o espírito do soldado enterrado que carrega uma lanterna à procura dos companheiros há muito tempo desaparecidos, e bolas de luz esvoaçam ao redor da sua sepultura.

Uma variação da história tem o cachorro fantasma do soldado que corre ao lado dos trens antes de parar na sepultura do seu dono.

domingo, 16 de maio de 2010

o ET de Corguinho

No interior do Mato Grosso do Sul, um grupo de ufologistas busca extraterrestres e teme 2012.

Não é bem à velocidade da luz, mas sacolejando a 40 por hora em uma estrada de chão batido que se chega à fazenda Boa Sorte, em Corguinho, interior do Mato Grosso do Sul.

O município de 4.370 habitantes, a 96 km da capital, Campo Grande, ganhou o nome da forma acaipirada com que os locais chamam o pequeno córrego que passa por ali.

Corguinho anda muito mudado. Nos últimos anos, os agricultores e as comunidades quilombolas que povoam a região de relevo acidentado, matas verdes e céu límpido têm recebido estranhas visitas.

Um grupo de ufologistas firmou pouso ali, com o objetivo de observar e contatar seres extraterrestres.

Em datas predeterminadas, excursões desembarcam centenas de curiosos, homens e mulheres de todas as idades e das mais variadas profissões, em busca de um contato imediato com os ETs.

Esse tipo de turismo ecoufológico não é novidade no Brasil. A diferença, asseguram os organizadores do chamado Projeto Portal - liderado por Urandir Fernandes de Oliveira, um paulista que se diz paranormal e traz no próprio nome o acrônimo UFO -, é que a atividade-fim ali é outra.

Eles estão determinados a erguer em pleno Centro-Oeste uma cidade-refúgio para a catástrofe planetária "prevista" no calendário maia para o ano de 2012 - tema do blockbuster hollywoodiano estrelado por John Cusack no ano passado.

Nós não estamos sós, é a mensagem que Urandir e seus seguidores querem passar ao mundo. Não são os únicos convictos, a julgar por uma pesquisa divulgada no último dia 8 pela agência Reuters.

Feita pelo instituto francês Ipsos em 22 países que representam 75% do PIB mundial, ela concluiu que um em cada cinco cidadãos do mundo (20%) acredita que seres alienígenas vieram à Terra e caminham entre nós disfarçados de seres humanos.

Como se o enredo da série cinematográfica Man in Black, com Will Smith e Tommy Lee Jones, transcorresse na vida real, das ruas.

Nos números do Ipsos, o Brasil, com 24%, aparece como o sexto país em que as pessoas mais acreditam na ideia, empatado com os Estados Unidos. Os campeões são Índia (45%) e China (42%).

"Eles são seres de outras dimensões e a sua forma, assim como a de suas naves, é energética", explica um dos associados mais antigos do grupo, o instrutor de voo gaúcho Alexandre de Oliveira, de 42 anos.

Embora nunca tenha visto um óvni durante o trabalho, Oliveira diz que sempre se impressionou com os relatos de "avistamento" feitos por colegas pilotos.

E, embora luzes misteriosas no céu já o tenham intrigado durante a infância, considera ter visto sua primeira nave "com certeza" em Corguinho, há cerca de dez anos. Hoje, afirma ter "contatos presenciais frequentes" com Ets.

"Não somos místicos, nem uma seita religiosa, mas um grupo de pesquisa sobre o tema", resume Oliveira, cujo discurso, assim como o de boa parte dos participantes, tempera referências a pirâmides egípcias ou civilizações maias e astecas com teorias da física quântica moderna, como a de supercordas - que sugeriu a existência de 11 dimensões no universo, além da realidade tridimensional a que estamos acostumados.

Tudo ao melhor estilo Eram os Deuses Astronautas?, best-seller do suíço Erich von Däniken que especulava, já em 1968, sobre a presença alienígena em registros de civilizações antigas.

Difícil é entender como tal elucubração teórica foi parar na cabeça do fundador do grupo, Urandir Fernandes, de 47 anos, um homem simples, de pouca educação formal e personagem tão pitoresco quanto controverso.

Filho de um pedreiro com uma dona de casa, Urandir nasceu em Marabá Paulista, no interior de São Paulo, em uma família de 11 irmãos.

Aos 4 anos, diz que foi surpreendido pelo pai acariciando uma cobra urutu-cruzeiro, sem ser picado. Manifestavam-se, pela primeira vez, seus poderes especiais.

Ganhou apelido de "Santinho" e fama de milagreiro. "Eu era tímido, quase não tinha amigos e os vizinhos vinham colocar as mãos em mim para se curar de doenças", diz.

Foi às vésperas de seu aniversário de 13 anos, que Urandir diz ter vivido sua experiência mais extraordinária.

"Eu nunca tinha tido uma festa e pedi para minha mãe um bolo e um sapato", conta. De noite, estava sozinho no quarto quando "uma luz violeta suave" surgiu.

Diz ter levitado e atravessado o telhado da casa como se aquele não existisse. Em seguida, viu-se no interior de uma nave espacial, deitado em uma maca.

"Na hora eu não estranhei, achei que fosse a festa que eles tinham me preparado." Ali, três seres com aparência humana, exceto pela íris dos olhos na vertical - "como um olho de gato" -, teriam colocado implantes em seu pescoço para amplificar suas habilidades paranormais.

"Eles disseram que tinha uma coisa importante para fazer e que fui escolhido por ter uma frequência cerebral acelerada, que favorece o contato com eles."

Trabalhando com o pai, percebeu ser capaz de entortar vergalhões de ferro sem fazer força. Em pouco tempo, passou a ganhar a vida fazendo shows no interior.

Nas apresentações, dobrava e rasgava moedas e entortava talheres, como o israelense Uri Geller.

Esteve em programas populares de televisão e participou de uma edição do Globo Repórter em 1995, movimentando objetos, ligando e desligando lâmpadas e aparelhos de TV "com a força do pensamento".

Em 2002, uma negociação para levá-lo a um desafio paranormal no laboratório do americano James Randi, na Flórida - que oferece US$ 1 milhão para qualquer um que prove ter poderes paranormais e desmascarou Thomas Green Morton, guru de artistas e políticos de Brasília -, não prosperou.

O psicólogo Jayme Roitman, que chegou a participar como consultor dessas reuniões, não se convenceu: "Não digo que Urandir seja charlatão, mas cabe a ele o ônus da prova dos poderes que alega ter".

Urandir afirma que a desistência não foi dele. Mas o site do ilusionista Thiago Neves, o Kronnus, representante de Randi no Brasil, registra que aguarda desde 2004 - há "5 anos, 6 meses e 14 dias" - para levá-lo aos EUA.

Representantes da Revista Brasileira de Ufologia também vêem com descrédito a linha direta que Urandir diz ter com gente de outro mundo.

Foi "por orientação dos seres" que Urandir diz ter obtido a propriedade onde está instalado o Complexo Turístico Zigurats, cujo nome faz referência à pirâmide de 38 metros de altura que será construída até o ano que vem.

São 1.042 hectares, 98 casas de alvenaria e 9 iglus que acolhem moradores e visitantes. Em cima de um morro foi construído um pequeno observatório, que vai ganhar um telescópio.

Tudo comprado, conforme diz, com a renda dos cursos e palestras que ministra nas principais capitais do País (que rendem cerca de R$ 4 mil cada), os pacotes de final de semana em Corguinho (de R$ 250 a R$ 400) e a mensalidade (R$ 40) dos cerca de mil associados, além de doações.

O que mais impressiona, no meio do nada, é a "centro de pesquisas", com computadores e oito antenas parabólicas para captar sinais via satélite do mundo todo.

"Imagine que quando chegamos aqui não tinha nem luz elétrica", conta o engenheiro e técnico em informática Alessandro Oliveira, de 39 anos, um dos responsáveis pelas instalações.

Ele deixou o emprego fixo no Tribunal de Justiça de Porto Alegre e mudou-se de mala e parabólica para Corguinho.

Nerd típico, conta que escalou o imponente morro de São Sebastião para instalar uma antena repetidora.

"Aqui, eu aprendo, crio e vivo uma aventura." Alessandro também desenvolveu o insólito projeto de construção de um "aerodisco", que será movido, conta, por uma tecnologia que será passada pelos ETs.

O centro inteiro, asseguram eles, é um "álibi para dar credibilidade" às informações que pretendem passar sobre 2012.

"Os terremotos, as inundações, a erupção do vulcão na Islândia que estamos vendo agora, são indícios de uma grande transformação pela qual o planeta vai passar", profetiza Urandir, para quem, diferentemente do ex-vice-presidente e militante verde americano Al Gore, a culpa não é do aquecimento global.

"É um ciclo natural, causado pelo alinhamento de galáxias, que vai alterar o eixo de inclinação da Terra."

E a área mais protegida para se enfrentar a tormenta é... o Centro-Oeste do Brasil. "Mas não será o fim do mundo", tranquiliza ele.

"A partir de 2018 as condições vão se estabilizar e uma ordem social mais evoluída será instalada no planeta."

Abduzidos pelo céu de Corguinho, repórter e fotógrafo do Aliás viram estrelas e luzes piscantes, mas nada que pudesse inequivocamente ser chamado de disco voador.

No ponto alto da viagem, acompanharam as 95 pessoas que iriam testemunhar o contato imediato de quarto grau (conversação direta) de uma família de Belo Horizonte - pai, mãe e filha de 12 anos - com um extraterrestre.

No meio da trilha escura, pouco antes das 5 da manhã, uma voz de tom infantil pediu que apenas a família se aproximasse. Luzes piscaram aqui e ali, no breu.

"É Bilu, um ser de Pégasus, da raça dos Laquins, de 1,40 m", informou Urandir. Os três degustaram "tabletinhos", a comida extraterrestre oferecida por Bilu, que sumiu em seguida. A reportagem, infelizmente, não teve direito a tabletinho nem prosa com o ET.

"Não queremos convencer ninguém. Cada um deve tirar as próprias conclusões", diz o advogado uruguaio Danilo Costalunga, de 40 anos.

Em março de 2000, foi ele quem defendeu Urandir, que ficou quatro dias preso em Porto Alegre, sob acusação de venda ilegal de terrenos em Corguinho. "O juiz arquivou o inquérito, nem houve processo.

O Portal é uma associação civil sem fins lucrativos." De profissional contratado, Costalunga se juntou ao grupo.

"Eu, que por ofício era uma pessoa para quem só valia o escrito, estou seguro da existência de outros mundos."

Para quem não acredita na profecia de 2012, Urandir dá de ombros. "Quando as coisas começarem a acontecer, as pessoas vão dizer: ‘Bem que aquele grupo de malucos dizia’". Quem viver, verá - nas ruas ou nas telas do cinema.